Sobre sapos e esqueletos
Todo mundo tem um sapo entalado. Um grito preso. Um choro contido. Todo mundo luta com seus fantasmas internos ou em alguns casos, demônios externos. Todo mundo tenta esconder um esqueleto lá no fundo do armário. Todo mundo é inocente e todo mundo é culpado. Botar a boca no trombone ajuda. Dar uma voadora na cara do oponente também. Mas nem sempre é o mais prudente. Então você se veste com o manto da invisibilidade e espera parar de chover merda. Não, meus amigos, a vida não é justa. Ela é uma porrada tão violenta que chega a anestesiar. E a gente liga no automático com medo da hora que vai esfriar e começar a doer pra caramba, e segue um dia após o outro implorando por arrego. E o arrego vem. Em forma de risadas, momentos, abraços, olhares e mãos estendidas de onde menos espera. Ou de onde vc tem a certeza absoluta que virá. E graças a Deus existem os bálsamos. Porque sem eles a coisa fica insustentável. Mas a dose de cura tem de ser diária. Por isso, reinvente seu humor, mesmo que venha na versão ácido-sulfúrico, tire leite de pedra ou apele e vá aplaudir o por do sol! Reaja! Faça qualquer coisa, mesmo que idiota, mas que te dê prazer. Seja Dorothy e sobreviva ao olho do furacão. Porque um dia a coisa tem de melhorar e aí, belezuras, sai de baixo! Você até poderá usar os esqueletos do armário para invadir o Castelo de Grayskull e se transformar no mestre do universo, depois de conquistar Eternia. Boa sorte a todos.