

Senta aqui. Vamos falar dos nossos defeitos.
Eu coloco os defeitos em duas categorias - uma é aquela em que a sua imperfeição lhe é apontada por terceiros, com o dedo em riste durante uma briga, em um momento de raiva. São geralmente palavras cruéis, não necessariamente verdadeiras, libertadas de uma jaula com o intuito de ferir. Essas imperfeições, eu aprendi a filtrar, e filtrar de novo, antes de pegá-las ou aceitá-las como minhas. Aquela velha história... o veneno é oferecido, mas a decisão de tomá-lo é nossa. Verdad


As gaiolas são os lugares onde as certezas moram.
“Somos assim: sonhamos o voo mas tememos a altura .
Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio.
Porque é só no vazio que o voo acontece.
O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas.
Mas é isso o que tememos: o não ter certezas.
Por isso trocamos o voo por gaiolas.
As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.” Fiódor Dostoiévski em “Os Irmãos Karamazov Eu já me despedi de muitas coisas em minha vida. Já disse “Adeus” para pessoas


Sobre amores de cinema e beijos tórridos na chuva
Eu quero tanto um amor de cinema... Daqueles moldados por pequenas atenções e gentilezas. Com coerência entre o discurso e as atitudes. Onde a reciprocidade seja uma balança de medidas exatas. Com direito à beijos tórridos na chuva, coleção de rolhas de vinho, abraços famintos de presença, músicas com histórico, declarações que transbordam nas línguas, tesão de alma e corações flamejantes. Isso só pra começar!
Eu quero um amor que não se comporte como se o jogo já estivesse


Sobre sapos e esqueletos
Todo mundo tem um sapo entalado. Um grito preso. Um choro contido. Todo mundo luta com seus fantasmas internos ou em alguns casos, demônios externos. Todo mundo tenta esconder um esqueleto lá no fundo do armário. Todo mundo é inocente e todo mundo é culpado.
Botar a boca no trombone ajuda. Dar uma voadora na cara do oponente também. Mas nem sempre é o mais prudente. Então você se veste com o manto da invisibilidade e espera parar de chover merda.
Não, meus amigos, a vida


10 dicas pra conseguir enfrentar (com o mínimo de dignidade) as merdas que a vida te oferece:
1) Durma até criar raízes e ficar com as dobras da roupa de cama impressas na sua pele. Acordar que nem um Shar Pei pode até ser fuga da realidade, mas te poupa de muito barraco. 2) Enquanto a dor ainda está latente, dê um tempo pra sua mente. Ao invés de ficar torrando seus neurônios com pensamentos destrutivos, transforme-se momentaneamente numa samambaia em coma vivendo num universo paralelo. E a melhor forma de fazer isso é desviar a atenção para outra coisa: leia um bom


Os galinhas, as vagabundas e os dinossauros
Toda vez que alguém compartilha um texto do Arnaldo Jabour sobre infidelidade masculina eu tenho vontade de vomitar. Algumas das pérolas: “A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia.” ou “ A traição tem seu lado positivo. Até digo, é um mal necessário.” ou “A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal” ou “O cara que fica cercado, sem trair, é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui” ou “Finja que não sabe que ele dá umas pegadas por


Em um compromisso sério... comigo mesma.
Um tapa na cara seria mais bem vindo do que a constatação de que eu vivi boa parte da minha vida adulta, se não toda ela, perseguindo um sonho. Eu criei e alimentei a farsa, dei a ela uma máscara bonita, batizei de destino e, com uma teimosia que beirou a ingenuidade, deixei essa ilusão me governar a ponto de não enxergar mais alternativas. Eu, por anos, estive fadada a morrer de amor. Não sei quem eu mato primeiro: o romantismo ou a ingenuidade que me puseram de quatro implo